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terça-feira, 3 de novembro de 2009

NANOCRÔNICA: COMO CONHECI M. M. B. du BOCAGE (e foi muito antes de JOHN CAGE)

NANOCRÔNICA: COMO CONHECI M. M. B. du BOCAGE
(e foi muito antes de JOHN CAGE)


da minha infância querida de
traquinas e feridas
lembro muito bem
da habitual admoestação
professoral-maternal
quando pego no flagra
de um palavrão ou de uma expressão chula
por demais da conta interiorana:

dos bons modos caipiras,
da boa educação católica e
dos caprichos burgueses da mamãe:

- vai já lavar a boca suja com água e sabão
seu sabujo de Bocage sem educação!

e foi assim que me foi apresentado
o senhor M. M. B. du Bocage.

e no mais, hoje, não falo mais...
apesar da minha veia satírica pulsar por demais!

jc.pompeu, nov 2009

POESIA: POEMINHA BESTIAL!


POESIA: POEMINHA BESTIAL!

já destoava na terna infância
aquela estranha feição gris.
já homem fora feito à têmpera
de afeto e, muito, muito alho...
um belo dia a mãe, sus/peito,
notara assim-assim o de/feito:
– meu filho, você está ficando...
grisalho!

meu/espelho/filho/meu sem jeito:
– cara! foi é muito, muito alho...
caralho!

do talho abril despedaçado
à culpa materna no ato falho
chorou um mar desvairado
na velha colcha de retalho...
e nunca, nunca mais na vida
se deu para o trabalho.
só a desventura à-toa
de que tais e quebra-galhos.
desde então, mãe e filho,
viveram a sós - em frangalhos,
alheados em si para sempre
que do azar do bug seminal
no clã da semente ancestral
mesclara alhos e bugalhos
à crise dos grisalhos.

jc.pompeu, out 2009

HAICAI 123


haicai 123

sol de finados
coral de cigarras acesas
canta o réquiem

jc.pompeu, nov 2009

HAICAI 124


haicai 124

o menino passeia
no triciclo espremido
só ele cresceu!

jc.pompeu, nov 2009