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sábado, 31 de dezembro de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

microconto para twitter e orquestra de 140 toques da vida que nos toca. 32


microconto para twitter e orquestra de 140 toques
da vida que nos toca

32.

máfia/público/privada como fênix férrea renasce do cimento.As damas de ferro na encruzada D: ser casino/sesmaria do reino ou país liberto.

jc.pompeu, jul 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

microconto para twitter e orquestra de 140 toques da vida que nos toca. 28 e 31



microconto para twitter e orquestra de 140 toques
da vida que nos toca


28.


A gestalt do gestual era a do sedutor cafajeste; seu gesto pra cima da beleza clássica da periferia gerou a gestação da gordinha da padaria.


jc.pompeu, set 2010


31.


Debate de filosofia com gianotti&cia(e, uma bela mulher...). Ao meu lado, um sócrates ronca e atrás duas tagarelas. Ser ou ente é a questão.


jc.pompeu, mar 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Café da manhã com notícias radioativas e baleias e uns argentinos afogados



Café da manhã com notícias radioativas e baleias e uns argentinos afogados


Hoje, preparando o café da manhã e ouvindo a rádio CBN São Paulo pensava, em meio aos afazeres matinais, que realizava, em princípio, a mesma operação fenomenal antiguíssima de aquecer a água no fogo que no ponto de ebulição a minha chaleira velhinha ainda apita (medida de alerta e segurança) e produz o vapor... Que gira turbinas e motores e locomotivas e gera energia elétrica nas usinas termonucleares, por exemplo.


Em seguida, aproveitei a água fervente que restou na chaleira e, com um obscuro sadismo e prazer, despejei-a fumegante numa procissão de formigas ordeiras pela pia... Depois do auto-de-fé nessas formigas-operárias de morte instantânea, escorri água fria corrente para resfriar mais depressa os ovos cozidos ao mesmo tempo que a água escorria pelo ralo infecto levando no redemoinho as formigas queimadas. Minha pia era um sinistro campo operoso logo de manhã em meio ao caos de trás-os-montes de louça suja e restos de outros carnavais...


As ondas moduladas CBN, irradiavam a via-crúcis da catástrofe nuclear no Japão com pitacos na nossa banal corrupção e má gestão política da coisa pública; mais as matérias de serviços de utilidade pública; mais as deixas jornalísticas subliminares pró-mercado e pró-consumo e, no mais, a chuva, a enchente na cidade, noticiadas como se fossem eventos anuais e comemorativos do calendário judaico-católico. Nenhuma novidade...


Sei lá, em princípio, eu realizava no meu trivial café da manhã a mesma operação de aquecer água e produzir vapor que gira turbinas... Como fazem lá na usina de energia de Fukushima há trinta e tantos anos de bons serviços de energia elétrica e progresso nos finalmente do aparato tecnológico-cientifíco de uma sofisticada e cara engenharia nuclear. Uso gás de cozinha que se vazar tem o perigo de explosão e fogo na minha casa e na vizinhança, todas, de paredes de tijolos aparente. E o meu plano de evacuação civil é catar as minhas gatas com um Deus nos acuda! em meio aos palavrões de praxe, eis que, sufocados por fumaça e poeira tóxicas do fogo e dos escombros... E correr porta afora para a rua longe do desastre como um instintivo animal em fuga. Ao passo que, na usina japonesa usam, como é próprio, o combustível urânio radioativo de alta energia que se explodir e se vazar, libera para o meio ambiente destruição de ogiva nuclear e a letal irrradiação geracional nos seres vivos, na natureza toda, causando, no frigir dos ovos, uma terra desolada chernobyl. E é por isso, que são instalações blindadas com paredes e mais paredes grossas de aço e cimento de altíssima proteção e segurança contra desastres naturais, guerras, ações terroristas.


O rádio dá voz (não de prisão, é claro!) para um diretor nuclear brasileiro que puxa a sardinha radioativa para a brasa da indústria de energia atômica com o canto de sereia do bem estar e progresso que tal energia produzirá para os brasileiros, além, é óbvio: do indefectível classificados de gerar novos empregos (radioativos) com carteira assinada... Finaliza a entrevista com a peculiar vontade de potência dos áulicos de mercado e com as garantias de segurança ISO risco zero, já que falamos de normas do país de fome zero, à esquerda do modus operandi de que governar é o basta fazer publicidade e média (em Portugal pré-desacordo ortográfico).


Elucubro à mesa matinal uma receita de sucesso para o desastre nuclear brasileiro anunciado: jeitinho nacional a gosto com pitadas de gambiarra federal mais colher de chá de improvisação crônica que já joga muito lixo na natureza, quiçá, onde irão jogar o radioativo? Tudo, misturado com xícaras de pacs, copas e olimpíadas pra ontem + E=m.c² + a alta e letal periculosidade potencial da energia nuclear fora de controle quando abalada por eventos aleatórios imprevisíveis e bipolares, próprios dos fenômenos naturais e humanos, que quando: ops! foi mal, desandou a receita, deu merda! Se irradia radioatividade silenciosa, invisível, venenosa, mortal para todos os lados ondulantes por gerações e gerações e gerações de planeta chernobyl, inclusive para o lado dos tubarões corporativo-imperiais, ao sabor de ventos, chuvas, raios e trovoadas da política e gestão cronicamente inviável... Tal receita de castigo nuclear é muito diferente de um desastre natural sem a espada radioativa da síndrome nuclear sobre nossas cabeças que, como inferiu a vontade voluntariosa subliminar do seu Nassif, destrua, por exemplo, a gigantesca barragem de Itaipu, quando, então, o tsunami de água doce correria a 600 km por hora de escombros e caos para um só lado: para as bandas platinas de los hermanos portenhos... Oh! Pobres coitados adoradores de tangos y milongas, fatídicos por natureza austral ou astral (tanto faz), que do azar à jusante de mercosul e futebol muy amigos se afogariam de salto alto no dilúvio do pecado da soberba e do mau gosto fashion.


Retomando a lucidez e a tolerância, depois do suco de maracujá... O calcanhar de Aquiles disso tudo, foi que no antípoda Japão houve o desencadeamento de eventos naturais de grande magnitude destrutiva de difícil previsão, controle e medida científica confiável das implicações em cadeia... Mesmo para o avançado país preparado e previdente que, no entanto, o cataclismo revelou à tona ações, atos e atas, previsíveis, banais, óbvias da tragicômica condição humana capitalista: a ganância corporativo-financeira que fraudou relatórios essenciais de controle, inspeção e segurança da indústria de energia nuclear, apesar de não termos notícias ainda de haraquiri de lesa humanidade de ceos, diretores, burocratas estatais, políticos, banqueiros, acionistas de traje gordo do crime organizado global.


Sabe-se também que abnegados heróis: trabalhadores, bombeiros, voluntários civis se apresentam e marcham para o sacrifício como que kamikazes pós-tudo a enfrentar o perigo e a “bela morte” em meio à fala do imperador na TV e o alto risco de contaminação radioativa e câncer, na tentativa de controlar a operação dos reatores explodidos; resfriar a usina do fogo nuclear e salvar vidas inocentes, salvar cidades japonesas e mananciais vitais, salvar gerações futuras do planeta. (o sábio Borges, numa passagem (labiríntica) disse: “qualquer destino, por longo e complicado que seja, consta na realidade de um único momento: o momento em que o homem sabe para sempre quem é”.).


Depois do fausto café com notícias radioativas, fiz uma varredura rigorosa na pia e adjacências e me certifiquei com satisfação triunfante que não sobrou nenhuma formiga viva para contar o fim da história. Então, fui dar carinho e atenção para minhas gatas. E pensei um pouco mais: que não se fala no noticiário da catástrofe do Japão de gatos e cães e aves e animais domésticos abandonados à própria sorte... Nem se fala mais da matança de baleias caçadas, brutalmente, cinicamente, ilegalmente, pela indústria da pesca japonesa que até invade seus santuários glaciais e tudo, para alimentar a ganância do mercado gastronômico dissimulado no marketing das boas intenções de arraigados costumes do povo japonês e de uma pretensa mistificação da caça assassina de baleias em nome da pesquisa científica. Há que se revolucionar o mundo com uma suprapolítica ou, então, nos rendermos aterrorizados a uma nova ordem corporativo-imperial totalitária à espreita atroz... Basta faltar água nas casas e comida nas mesas da consciência familiar-burguesa.


Bem, vou resfriar minha cabeça nuclear, vou caminhar no parque nesse dia de sol ameno de dia agradável de caminhar. Pensar na vida do pintor Cézanne, cuja biografia estou lendo e que junto com van Gogh e Gauguin, todos, embebidos de traços da exotique gravura japonesa inventaram e inauguraram, a frente do seu tempo, a pintura moderna e, no entanto, viveram vidas de artistas-párias, zombados, atormentados, sem o reconhecimento artístico pelo establishment político-burguês contemporâneo e, muito menos, sem o fair play de convites para festas nos salões acadêmicos de Paris ou da POA... Pensar na maciça montanha sagrada de Sainte-Victoire, tão reverenciada na arte de Cézanne, a se destacar, desde o civilizador império romano, como a fortaleza inexpugnável que domina a paisagem ensolarada e árida da mediterrânea Provença.


Droga! Formigas sei-lá-de-onde retomam a marcha enfileirada pela pia de imundície. Oh! Deus, oh céus... Que fazer? Se, então, minhas gatas queridas e chatinhas se alimentassem como os tamanduás... Contudo, penso que daí, elas não seriam mais felinos da natureza, talvez, uns monstrinhos mutantes do imaginário de guerra nas estrelas... Ah! A natureza objetiva indiferente "sem causas finais, nem causas eficientes, senão, o jogo do acaso e da necessidade” frente às ações humanas projetivas e as promessas de felicidade das ideologias de boas intenções político-religiosas dos diabos! Dos pretensiosos, arrogantes, mistificadores donos do poder cheios de si – cheios de ilusão antropocêntrica.


Após o café da manhã com tudo isso de iguarias, tomei a grave decisão de limpar a pia... Ouvindo no rádio música para se limpar uma pilha de sujeira.


De passagem pelo planeta... Da caminhada no parque pela trilha da floresta, trouxe de presente da natureza para a poesia o haicai 169:


                                  haicai 169

                                  no caminho zen
                                  mancha azul-lilás cresce!
                                  borboleta desperta

                                  jc.pompeu, mar 2011 


                                 
jc.pompeu, mar 2011

sábado, 19 de março de 2011

poeminha bestial!



poeminha bestial!


já destoava na apegada infância
uma tão estranha a/feição gris
sem sal mortiça sem matiz
arisca como perdida perdiz
homem, fora feito à têmpera
des/afeto e muito, muito alho...
um belo dia a mãe, sus/peito,
notou assim-assim o de/feito:
 – meu filho, você está ficando...
grisalho!!
meu/espelho/filho/meu sem jeito:
 – cara! foi é muito, muito alho...
caralho!!
do talho abrira-se despedaçado
na culpa materna do ato falho
pois chorou a/mar desvairado
se afogando à deriva náusea
na pueril colcha de retalhos...
e nunca, nunca mais na vida
se se dera para o trabalho
só nas desventuras à-toa
de que tais e quebra-galhos
nu corpo tatoo muito malho
desde então, mãe y filho,
viveram só em frangalhos
alheados em si derroto/ados
que do en/fado bug seminal
in/dna/clã, semente ancestral
mesclara feudos gozosos que
geraram gerações y gestações
de caras y bocas 
jeitos y trejeitos 
alhos y bug/alhos
desde então, vinculados
à síndrome dos grisalhos!
 – cara! foi é muito, muito alho...
caralhos!!
jc.pompeu, out 2009

terça-feira, 15 de março de 2011

haicais



haicai 19


encontro frustrado
folheia fnac a esmo
leite derramado


jc.pompeu, abr 2009


haicai 135


e o monge buñuel
nu bar de fumaça surreal
hai!cai! desbunda no mel


jc.pompeu, fev 2010

segunda-feira, 14 de março de 2011

POESIA E TSUNAMI

Assistimos em tempo real cidades do Japão destruídas 
num piscar de olhos
No tempo de pronunciar TSUNAMI!
E cidades naufragaram no rio de escombros lixo caos
E = matéria  E = m.c²
E dor e morte e mais dor estóica...
Este poema no dia da poesia 
nasce entusiasmo fênix
vontade de potência
fio de esperança
contraponto
poesia
como nascem cidades
perdido pedra no deserto
no escal/dante inferno solaris
corpo agonia do pecado original...
sorte forte a mina d’água broota/ah!
a cristalina espelha a natureza sagrada
na passagem
água viva que te quero água vida
a vibrar
tremeluz no horizonte miragem peregrina
caminha padre mundo palavra santa
fé/ição mísera da salvação cristã
sinal-da-cruz escritura posse
da passagem
em nome da divina misericórdia
a rezar
faz noite penumbra a mulher-flor
o seio-mãe a graça errante
fugaz anima o inferno
nu corpo cio pulsa
de passagem
satisfaction! satisfaction! satisfaction!
a contrair
an/seio domínio comér/cio poder
costume lei traje/gordo ganância
brutal sangue suor escravo servil
possessão contrato capital ágio
por passagem
money! money! money!
a ganhar
nasceu cable spring no deserto
na passagem
onde a natureza sagrada brotara
uma mina d’água cristalina
é como a poça d’água
...depois da chuva
a que ora vejo
a caminhar
sou passagem


jc.pompeu, maio 2007

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

novíssima poesia japonesa



novíssima poesia japonesa
do período edo/nista


era...para ser
sonho zen
o banho 
de ofurô
relaxxx
a deixa oriental
e rito e reiki e o tao!
ah! belajapa26#
(pétalas róseas de seda meiji)
furô... né! 
(e... a risadinha étnica/chiste)


foi “cerimônia do chá”
de cadeira!


na suíte 04 contemplativa...
foi o que res/tara
rosas/algas/saquês/auês
melancia partida
uvas melindrosas
morangos melosos
as coisas extasiadas 
n'atmosfera marciana...
vermelha luzzzen de
lanternas papel arroz
de festa inacabalada
res/tara
a queixa amargurado
de quimono forte
espada em riste
olhar pierrô triste
 – um samurai perro –
 – cadê a tradição?
(de outros carnavais...)
 – tara! tara! tara!
porra... (foi o que restou)
jc.pompeu, fev 2010

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

microconto para twitter e orquestra de 140 toques da vida que nos toca. 29



microconto para  twitter e orquestra de 140 toques
da vida que nos toca


29.


Egito expert em múmias explode revolta popular pra correr com umas; na ribamar daqui, múmias políticas encastelam-se nas pirâmides leviatãs.


jc.pompeu, jan 2011

microconto para twitter e orquestra de 140 toques da vida que nos toca. 27



microconto para twitter e orquestra de 140 toques
da vida que nos toca


27.


Nos primórdios da espécie, coletores das florestas virgens; no ocaso, catadores de latinhas, pets... do lixo de populosas cidades. Evolução.


jc.pompeu, jan 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

transe/unte 08



transe/unte 08


bum!dona
no jeans espartilho
treme à gelatina
malha a libido
atiça rastilho
ao anima sexo
seios saltitantes
anseios de voarem
livres aves marias
pulsam abismos
explode o prazer
bum!dona
cel.ulite à parte
sê escultural arte
ambulante ao sol que
rebanha h.sapiens/erectus
na ludi/cidade do parque
villa-lobos à espreitam...
a bum!dona
cel.ulite à parte
sê escultural arte
sua suculenta pomba
gira e gira o pensamento
 - pombas!!?!!?!
perdi o controle...
da bike
ai ai ai... que merda!


jc.pompeu, jan 2011

domingo, 16 de janeiro de 2011

transe/unte 10



domingo no parque


um só par de patins
duas pobres filhas
e instaura-se ali
brutal discórdia
ao sol afresco
entrearvores
do parque
se, então,
pernetinhas da mamãe
com os pés trocados
é tudo resolvido
na santa paz
do brincar
animal


jc.pompeu, jan 2011

haicai 164



haicai 164


estrada deserta
gélida monotonia reta
ah! uma curva


jc.pompeu, jan 2011

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

haicai 163



haicai 163


chuva torrencial
o riacho corre barrento
faz sol de novo


jc.pompeu, jan 2011

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

passagens



feliz aniversário!
sopra a velinha
sopro no coração
ficou mais velhinha
mais perto de nos ver
certo dia... teu obituário
passagem atemporal para:
a era dos dinossauros
a sopa orgânica primordial
a delicadeza do sopro da vida
um brilho sutil na poeira cósmica
gota de amor no oceano das ilusões
e, era uma vez... breve história de ninar
parabéns pra você...
- o bolo está gostoso...
- quero mais!
“come chocolates, pequena;
come chocolates! (f.p.)
beba coca cola (d.p.)”
jc.pompeu, set 2010

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

haicai 151



haicai 151


gata à toa da feira
lagarteia no caixote de frutas
o sol lambe seu pelo


jc.pompeu, jun 2010

haicai 162



haicai 162 (copa do mundo)


obras na rodovia
operários laranjas pelejam...
- vira-casacas holandeses!


jc.pompeu, jul 2010

haicai 161



haicai 161


à sombra d’árvore
o cão vadio se lambe
ar/de sol a pino


jc.pompeu, dez 2010

haicai 160



haicai 160


pardais na chuva
pousam na parabólica
se comunicam


jc.pompeu, jan 2011

haicai 148



haicai 148


chuva frio ventania
a tormenta – memória do caos –
é teatro do tempo


jc.pompeu, jun 2010