terça-feira, 3 de novembro de 2009
POESIA: POEMINHA BESTIAL!
POESIA: POEMINHA BESTIAL!
já destoava na terna infância
aquela estranha feição gris.
já homem fora feito à têmpera
de afeto e, muito, muito alho...
um belo dia a mãe, sus/peito,
notara assim-assim o de/feito:
– meu filho, você está ficando...
grisalho!
meu/espelho/filho/meu sem jeito:
– cara! foi é muito, muito alho...
caralho!
do talho abril despedaçado
à culpa materna no ato falho
chorou um mar desvairado
na velha colcha de retalho...
e nunca, nunca mais na vida
se deu para o trabalho.
só a desventura à-toa
de que tais e quebra-galhos.
desde então, mãe e filho,
viveram a sós - em frangalhos,
alheados em si para sempre
que do azar do bug seminal
no clã da semente ancestral
mesclara alhos e bugalhos
à crise dos grisalhos.
jc.pompeu, out 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário