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quinta-feira, 23 de abril de 2009

POESIA: COMO NASCEM CIDADES


como nascem cidades


perdido pedra no deserto
cáustico reino luz
corpo agonia do castigo
sorte forte mina d’água
na passagem

água que te quero água viva

escaldante miragem ao sol
caminha padre mundo
feição mísera do pecado
fé escritura posse
da passagem

em nome da divina misericórdia

noite penumbra da mulher
seio-mãe graça errante
fugaz anima o inferno
persona mundana vibra
de passagem

satisfaction! satisfaction! action!

domínio anseio de poder
convenção traje gordo
sangue escravo da ganância
possessão jurisdição lucro
por passagem

money! money! money!

nascia cable springs
sem (mais) passagem

jc.pompeu, abr 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

HAICAI 06


haicai 06

céu de pipas
no horizonte periferia
vento colorido

pipas no céu
do horizonte periferia
vento colorido
jc.pompeu, mar 2009

HAICAI 24


haicai 24

garota sensual
arqueada da mochila
corres por que?

jc.pompeu, abr 2009

MINI MICROCONTO: O SER E O TEMPO


MINI MICROCONTO: O SER E O TEMPO
Era linda. E tão frágil.
Pegava gripe só de ler a previsão do tempo.
Se assistia (a previsão) no jornal da TV também pegava gripe.
Resfriado, sempre. Inseparável companhia, além do setter irlandês Caramelo.
No entanto, continuava (doentiamente) linda em meio a resfriados e gripes.
Certa noite de fria chuva saiu transtornada na rua. Deserta de vivalma.
Daquele inverno, demasiado inverno gelado, não passou.
Ou pior, passara... Era linda de morrer.
Tempo ruim.
jc.pompeu, mar 2009

segunda-feira, 20 de abril de 2009

HAICAI 27


hacai 27

borboleta vela
içada no meio da trilha
zás! um vôo azul
(imensa)

jc.pompeu, abr 2009

PROSA POÉTICA: NA PIA CARRARA


PROSA POÉTICA: NA PIA CARRARA
Subi a escada no pulo ágil de gato silencioso.
Meu álibi: um café fresco e cremoso.
Fátima, a linda negra de saia, camiseta e sandália a lavar eterna louça antiga na pia carrara.
O tempo urge ante o retorno do mando à casa grande.
Um gracejo, uma malícia nos olhos, uma dissimulada triscada por trás.
Teso ofegante sem jeito. No limiar do ridículo. No calor do cio da terra exuberante.
Aconchego da bunda macia. Princípio do prazer.

mão desliza pela coxa
mão envolve o seio
sedução de amor
(ou, seria uma sedição?)
na palma da mão

Suor brota nos corpos.
Suspensos no balanço do mar sem fim. Da não-existência do tempo ocidental.
Fátima enxuga as mãos, vira-se, e beija-me como uma princesa africana ancestral.
Beijo ensolarado, almiscarado, úmido.
Levanta a saia, a mostra suas coxas negras, roliças, firmes.
(a calcinha rosa).
E, então, com graça e destreza, se ajeita na monumental pia.
Abraço a fina cintura de bunda macia e perna escultural.
Sua mão fina, áspera, me conduz na vertigem do seu corpo exalante.
Minhas mãos abraçam um só corpo mesclado de cor e suor e seguram forte, atrás de nós, na escultural torneira dourada deca.
Um jorro, um soluço, um gozo, um grito, um abraço.
Um longo beijo extasiado.
Ancestral.

(No outro dia, seu Ari, faz tudo da casa, não acreditava como uma torneira cara e forte daquela estourou daquele jeito. E toca ligar pra assistência deca...).
jc.pompeu, fev 2009