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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PROSA POÉTICA: O SER E O TEMPO


prosa poética: o ser e o tempo

Ela era linda. E rica. E sempre tão frágil.
Pegava gripe só de ler a previsão do tempo.
Se assistia a previsão na tv também o perigo.
Certa noite de chuva fria saíra pela cidade fluida.
Uma dança ondeante de pés encharcados entre pedras
e poças d’água da rua deserta. Noturna paisagem escorrida,
e agora, rasgada/atravessada/ferida por aquela vida apaixonada.
S/eu homem embarcara para sempre nas asas da quimérica desventura.
À luz dos postes de ferro en/acenava sua via-crúcis na passagem desvairada.
Sombra e contraluz desmoldava o ser agonizante daquela mulher des/fragmenta.
Ser se desmanchando spins banhada na soturna chuva fria de lavar as almas.
--------------------------------------------------------------e--------
Daquele inverno libertador do seu inferno de vida frágil: ela não passou.
Ou, passara como que um pássaro ferido sem sorte passara ao relento,
e, que depois, trans-acenderá no portal da felicidade do eterno retorno.
Não o.b.stante,
Ela era linda de morrer.
Tempo ruim.
(a findar os vindouros anos dourados dos últimos tempos da crise climática).

jc.pompeu, set 2009